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ESTE É O MEU CORPO: A BOA ALMA

7 solos de Mónica Calle
© Laycos
Este evento já decorreu
Datas e Horários

2 a 4 março
segunda a quarta, 21h

Local

Sub-palco

Duração

2h

Classificação

M/18

Descrição

A partir da obra de Bertolt Brecht, Luís Mário Lopes escreveu o solo A Boa Alma para Mónica Calle em 2015, marcando a saída do Cais do Sodré da Casa Conveniente e a chegada ao novo espaço na Zona J de Chelas. A música original é de JP Simões.

De março a maio, Mónica Calle apresenta no Teatro São Luiz sete solos emblemáticos da sua carreira. O título Este é o Meu Corpo refere-se ao corpo de trabalho de Calle, bem como ao seu corpo físico, um dos principais motores e eixos de criação. Com este gesto, a atriz procura uma atualização dos diferentes espetáculos – que traduzem as suas principais linhas artísticas –, e uma possível reflexão sobre o seu percurso. “O teatro, património imaterial, feito de eventos efémeros que apenas podem subsistir na memória de quem a eles assiste ou, quando muito, na memória secundária de quem deles ouça ou leia um relato (ou veja imagens, fixas ou em movimento, que são sempre e apenas um auxiliar), tem aqui a possibilidade de ser revisitado e repensado”, nota Mónica Calle. Cada um destes solos corresponde a momentos decisivos do seu percurso, momentos de descoberta, de investigação, de rutura, de novos inícios. “Esta é também uma defesa e uma afirmação de que o trabalho artístico não acontece de forma fragmentada, mas, pelo contrário, é o resultado de um passado que se mistura no presente para poder continuar no futuro”, afirma. Apresentando em continuidade os diferentes solos, permite-se a colocação dos mesmos em confronto e diálogo, produzindo novas e diferentes leituras. Por outro lado, permite-se ao público ter acesso à linha de pesquisa que a criadora tem desenvolvido ao longo dos últimos 28 anos.

 

“Este é o meu corpo. Entre a afirmação e a pergunta. Sim, este foi o meu corpo. Estes trabalhos a solo foram o meu corpo – o meu corpo físico, pessoal, artístico – ao longo de 28 anos. Mas também são um corpo coletivo, inscrito em diferentes circunstâncias e contextos, contextos sociais, políticos e artísticos, e podem contar também essa história. Acredito que a criação artística tem consequências na vida de todos nós, assim como acredito que as nossas ações pessoais têm essa mesma expressão. Acredito que o dever dos vivos é lembrar os mortos, tal como acredito que o dever da arte é dar voz a todos aqueles que não a têm. Acredito cada vez mais, de forma convicta e consciente, na ideia de Deus. E por isso acredito cada vez mais que o mais frágil, o mais perecível, o único e individual tem de ser protegido. Mas será ainda este o meu corpo? Não sei. E que corpo pode ser este que continua a procurar-se através do trabalho? Que corpo poderá vir a ser? É esta a razão primeira que me leva a unificar trabalhos que foram realizados fragmentadamente ao longo de 28 anos da minha vida: encontrar-me na relação com os outros, neste privilégio que é a criação artística e continuar a viver cheia de espanto.”

Mónica Calle

FOLHA DE SALA

 

Ficha Técnica

Texto Luís Mário Lopes Criação, Interpretação, Cenografia e Figurinos Mónica Calle Desenho de luz Daniel Worm Música original JP Simões Assistência de encenação José Miguel Vitorino Fotografia Vitorino Coragem Vídeo Marcelo Pereira Direção de produção Sérgio Azevedo Produção executiva Inês Mateus Apoios Fundação EDP, MAAT, Mise en Scène e Killed in Action

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