Do seu quarto em desordem uma mulher telefona ao amante que acaba de a abandonar. O telefone chama uma voz sem corpo, sem local, mas plena de presença sonora. Desde logo uma voz apanhada numa rede de comunicações, sujeita a interferências, linhas cruzadas e terminações abruptas. O que procuramos encontrar na voz? Uma ligação directa ao humano?! No entanto essa ligação perde-se cada vez mais no advento da tecnologia e o homem vai-se transformando num simulacro inorgânico de si próprio. A voz já não nos devolve a imagem de um rosto. Transformada em sinais electroacústicos tornou-se disfarce da realidade. Ainda seremos capazes de reconstruir o corpo ignorando esta outra dimensão do real?
Carlos Pimenta | Raquel Castro
A VOZ HUMANA
DE JEAN COCTEAUTemps d’Images
Sexta e Sábado às 21h
Domingo às 17h30
Sala Principal
€10 €20 com os habituais descontos SLTM
30 OUT, DOMINGO ÀS 17H30
Descrição
Ficha Técnica
Texto Jean Cocteau Tradução Alexandra Moreira da Silva Concepção e Encenação Carlos Pimenta Concepção, Som e Imagem Raquel Castro Figurinos Bernardo Monteiro Música original Dead Combo Desenho de Som Francisco Leal Desenho de Luz José Álvaro Correia Interpretação Emília Silvestre Co-produção Ensemble – Sociedade de Actores, Festival Temps d’Images, Teatro Nacional de São João e SLTM