Em Maio de 2009, Olga Roriz escrevia: “Que escrever sobre o que ainda nada se sabe, sobre o que a tão longa distância apenas parece uma estranheza, um louco desafio, uma impossibilidade?” Era então que o projecto começava a tomar forma, um projecto sui generis. Para Aldina Duarte, “A alma está directamente associada ao fado. Mas o corpo é tão importante como a alma.” E é este o pressuposto de um concerto, encenado por Olga Roriz, que quebrará as barreiras do fado e que levará as duas mulheres, as duas criadoras, à mútua descoberta.
São doze fados. Em parceria com os fados de Aldina Duarte, surgem instrumentos como a harmónica, a concertina, a harpa, o piano ou a percussão, permitindo a descoberta de novas sonoridades, que abrem novos caminhos para o fado, “essa tão peculiar forma de cantar”, como diz Olga Roriz, “tão nossa, tão intocável”.