Bacantes, de Eurípides, tragédia do embate entre a explosão dos sentidos e as razões de Estado, território de manipulação do desejo em nome da vingança, regressa-nos em forma de ópera carnavalesca, animada por mais de trinta actores, cantores e músicos, divindades afro-brasileiras, música pop e comentário político. Regressa e sobrevive – é já uma criação de 1995 –, porque é um espectáculo sempre à procura da distância exacta entre Tebas e o Brasil contemporâneo.
José Celso Martinez Correa, figura maior do teatro brasileiro, regressa a Portugal depois de 37 anos com Bacantes, versão visceral, orgiástica, de um dos textos seminais da dramaturgia ocidental. Fundador, no final dos anos 50, do Teatro Oficina, criador que procura praticar a ideia, tão cara aos modernistas brasileiros, de antropofagia, de cruzamento de culturas enquanto forma radical de fusão e apropriação da energia do outro, Zé Celso propõe-nos um teatro que rompe, um teatro de iniciação, a pedir o envolvimento e o empenho do espectador. Envolvimento, aliás, propiciado pela transformação profunda que operamos na Sala Principal, à procura de uma fusão improvável entre a sala à italiana e o teatro-estádio que emula o espaço da companhia em São Paulo.
Texto Catherine Hirsch, Marcelo Drummond e José Celso Martinez Correa a partir de Eurípides
Encenação José Celso Martinez Correa
Direcção Musical Marcelo Pellegrini
Cenografia Carila Matzenbacher e Cristiane Cortilio
Figurinos Sonia Ushiyama
Som Rodolfo Yadoya
Vídeo Cecilia Lucchesi Cassandra Mello e Renato Rosati
Direcção de Produção Ana Rúbia de Melo
Produção Angela Destro (Brasil) e Daniela Rosado (Portugal)
Administração Simone Rodriguez
Interpretação Marcelo Drummond, Fred Steffen, José Celso Martinez Correa, Anna Guilhermina, Hector Othon, Vera Barreto Leite, Sylvia Prado, Letícia Coura, Naomy Scholling, Rodolfo Dias Paes, Fabianna Serroni, Márcio Telles, Misty, Camila De Paula, Camila Mota, Carina Iglecias, Carolina Castanho, Danielle Rosa, Patrícia Winceski, Acauã Sol, Anthero Montenegro, Lucas Weglinski, Mariano Mattos Martins e Roderick Himeros
Músicos Felipe Botelho baixo eléctrico Ito Alves percussão Pedro Gongom Manesco bateria Pepe Cisneros piano Zé Pi guitarra eléctricaProdução Teatro Oficina Uzyna Uzona
A montagem e apresentação deste espectáculo em Portugal é uma produção SLTM
DESCONTOS PARA ESPETÁCULOS DA PROGRAMAÇÃO GERAL
Nos espetáculos assinalados
Sala Luis Miguel Cintra Sala Bernardo Sassetti Sala Mário Viegas
50% Menores de 25 anos; Cartão São Luiz; funcionários EGEAC (neste caso extensível a um acompanhante); desempregados (mediante apresentação de comprovativo: cartão de inscrição no Instituto de Emprego e Formação Profissional ou qualquer outro documento emitido pela Segurança Social que comprove a situação)
30% Maiores de 65 anos; Profissionais das artes performativas; pessoas com necessidades específicas (acompanhante gratuito)
20% Protocolos e acordos; Funcionários da CML (neste caso extensível a um acompanhante)
Menores de 18 anos
€5 Sala Luis Miguel Cintra
€3 Sala Bernardo Sassetti e Sala Mário Viegas
É favor fazer-se acompanhar de um documento que comprove o desconto na aquisição e à entrada.
A Escola vai ao Teatro:
€3 por aluno – espetáculos com sessões escolares
€1 por aluno Escolas TEIP – espetáculos com sessões escolares
Gratuito para professores acompanhantes (cerca de 2 por turma)
CARTÃO SÃO LUIZ
Destinado a espectadores a partir dos 26 anos, o cartão São Luiz oferece 50% de desconto nos bilhetes dos espetáculos assinalados, não sendo acumulável com outros descontos. A utilização do cartão é pessoal e intransmissível.
Só aos portadores do Cartão São Luiz é permitido levantar reservas até 1h antes do início dos espetáculos e manter as reservas por mais de dois dias.
O cartão São Luiz pode ser adquirido na bilheteira do Teatro São Luiz pelo valor de €10 e tem validade de 1 ano após a data de aquisição. Pode posteriormente renová-lo a qualquer momento por mais um ano, pelo mesmo valor.
Passe Cultura na EGEAC
O acesso aos monumentos, museus, teatros e cinema geridos pela EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural passa a ser gratuito para os jovens até 23 anos e maiores de 65 anos (inclusive), entre 1 de dezembro de 2022 e 31 de dezembro de 2025, desde que residam em Lisboa.
Além da aquisição de bilhetes para entrada nos diversos equipamentos culturais (apenas disponíveis nas respetivas bilheteiras), esta isenção aplica-se igualmente a espetáculos cuja receita reverta integralmente para a EGEAC. Os espetáculos realizados em regime de acolhimento ou produzidos/apresentados em parceria com outras entidades, bem como as atividades paralelas sujeitas a um valor de inscrição (visitas guiadas, oficinas dos serviços educativos, workshops, seminários e ações de formação, etc.) não estão abrangidas por esta medida.