Boris Yeltsin é um trabalho que parte da Oresteia de Ésquilo e que se afasta imediatamente do seu ponto de partida. O grande paralelo entre as duas obras é a abordagem da futilidade das decisões políticas que provocam desastres benignos ou malignos sociais e económicos. A peça propõe uma leitura da realidade baseada na ideia de ‘super-poder’ e da ‘super-ficialidade’ (biopolítica, trendy, trágica) com que é utilizado pelos representantes das nossas instituições. É um espectáculo à volta desta arbitrariedade individual, princípio do prazer egoísta, que condiciona o princípio da realidade dos que compõem a massa, cuja utopia se concretiza legitimamente na aquisição dos desejos e objectos que sempre pertenceram aos nossos super-heróis e que agora se encontram ao seu alcance. De resto, Boris Yeltsin é sobre uma história familiar, em que os complexos de luxo – morais, físicos e intelectuais – que desenvolvemos em relação ao mundo, como verdadeiras doenças contaminantes, encaminham as nossas tragédias.
BORIS YELTSIN
DE MICKAEL DE OLIVEIRAQuinta a Sábado às 21h
Domingo às 17h30
Sala Principal
€13 (2ª plateia e frisas); €17 (1ª plateia, 1º balcão central, camarotes de 1ª centrais). Com os habituais descontos SLTM
M/16
Descrição
Ficha Técnica
Texto e Dramaturgia Mickael de Oliveira Encenação Nuno M Cardoso Cenografia Paulo Capelo Cardoso Desenho de Luz José Álvaro Correia Vídeo Alexandre Azinheira Música / Som Marco Pereira, Miguel Pereira Guarda-roupa Sara Barbosa Produção Nelson Vitória Assistência de Encenação Joana Cordoeiro, Mafalda Lencastre Assistência de Cenografia Pedro Barbosa Fotografia Inês d’Orey Interpretação António Durães, Luísa Cruz, Albano Jerónimo, Mafalda Lencastre Convidados especiais Tiago Rodrigues (1 Março), Nuno M Cardoso (2 Março), Tónan Quito (3 Março), John Romão (4 Março) Co-produção Colectivo 84, Cão Danado, São Luiz Teatro Municipal Colectivo 84 e Cão Danado são estruturas financiadas pela DGArtes | Secretário de Estado da Cultura – Governo de Portugal