L. v. Beethoven Sinfonia Nº. 1, Op. 21
W. A. Mozart Missa Longa, KV 262/246a
A composição sacra mais conhecida de Mozart é sem sombra de dúvidas o Requiem, composto nos últimos meses de vida, em Viena. Há, porém, várias outras que despertam o interesse dos ouvidos mais atentos, na sua maior parte completadas ao serviço da Catedral de Salzburgo, na segunda metade da década de 1770. São os casos da Missa da Coroação, das Vesperae Solennes de Confessore… e também desta Missa Longa KV 262. Diz-se «Longa» por contraposição às Missae Breves, que omitiam várias secções da missa, por se destinarem a celebrações mais modestas. Ainda assim, neste caso não é a duração que se «alonga», mas sim o aparato vocal e instrumental utilizado – juntam-se a um coro misto quatro vozes solistas e uma orquestra reforçada com tímpanos, trompetes e trombones. Na primeira parte do programa, a OAM interpreta a primeira sinfonia de outro grande compositor. Quando assinou a Sinfonia N.º 1, em 1800, Beethoven fez questão de apresentar um estilo eminentemente clássico, ainda próximo de Mozart. Mas já se adivinhava o que viria pela frente.