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Fonte da Raiva

Cucha Carvalheiro
©Estelle Valente
Este evento já decorreu
Datas e Horários

1 a 12 fevereiro
quarta a sábado, 20h; domingo, 17h30

Local

Sala Luis Miguel Cintra

Duração

1h40 aprox

Preço

€12 a €15 com descontos (Abrangido pelo Passe Cultura - disponível apenas na bilheteira do Teatro)

Classificação

M/12

Acessibilidade
Língua Gestual Portuguesa

12 fevereiro, domingo, 17h30

Audiodescrição

10 e 12 fevereiro, sexta, 20h e domingo, 17h30

Descrição

Amélia, uma mulher filha de mãe branca e pai negro, regressa às ruínas da casa onde nasceu, em Fonte da Raiva, uma das aldeias mais pobres de Portugal, e evoca memórias do verão de 1962, o verão de todas as mudanças. O império português, desde a queda de Goa, o assalto ao Santa Maria e o início da guerra colonial, iniciara a sua lenta agonia, no ano anterior. Em Portugal continental, a emigração em massa e o recrutamento de homens para a guerra, faz com que o trabalho nas fábricas seja assegurado maioritariamente por mulheres. A sangria de homens em idade “casadoira” deixa muitas noivas por casar. Na telefonia acabada de adquirir, a mãe de Amélia e as suas quatro tias, cantam e dançam ao som das melodias que lhes chegam de Lisboa, e ouvem as mensagens dos soldados em África no programa Hora da Saudade. O tio, missionário em Angola, regressa inesperadamente, com o pretexto de sofrer de malária, mas intui-se que foi expulso pelas autoridades por defender a independência das colónias e se ter convertido ao paganismo. O pai, um negro hedonista e fanfarrão, estudante universitário e dançarino exímio, é expulso da universidade por ter participado numa manifestação do Dia do Estudante. É mobilizado para a frente em Angola, morre no Tarrafal, acusado de deserção. Já caídas em desgraça desde o nascimento clandestino de Amélia, numa terra profundamente conservadora, as cinco irmãs veem-se a braços com a miséria eminente. A mais velha, professora, e sustento principal da casa, é afastada do ensino quando as posições políticas e religiosas do irmão se tornam conhecidas. Duas das tias, que se dedicavam ao fabrico manual de bordados, veem-se privadas do seu ganha-pão pela concorrência de uma fábrica surgida nas redondezas e fogem sem deixar rasto. A tia preferida de Amélia, Augusta, lésbica, foge à maledicência da aldeia emigrando para França. Ana, a mãe solteira de Amélia, é obrigada a uma vida de trabalho na fábrica para sozinha sustentar os estudos da filha. Inspirado em Danças a um Deus Pagão, de Brian Friel, o texto de Fonte da Raiva é constituído por cenas curtas intercaladas pela intervenção da narradora dirigindo-se diretamente ao público. Presente e passado convivem, numa tentativa de refazer memórias felizes que escondiam tempos sombrios.

FOLHA DE SALA

 

Este espetáculo será gravado pela RTP para transmissão futura.

 

Ficha Técnica

Texto e Encenação Cucha Carvalheiro Assistência de Encenação Miguel Sopas Cenografia Ana Vaz e Pedro Jardim Figurinos Ana Vaz Desenho de Luz Cristina Piedade Direção musical Madalena Palmeirim Intérpretes Bruno Huca, Cucha Carvalheiro, Inês Rosado, Joana Campelo, Júlia Valente, Leonor Buescu, Luís Gaspar, Sandra Faleiro Apoio ao Movimento Bruno Huca Execução de cenário Pedro Jardim Direção de Produção Rita Faustino Produção Executiva Mariana Dixe Agradecimentos João Tuna, José Manuel Pureza, Largo Residências, Maria Gonzaga, Paulo Barreto Coprodução Causas Comuns, RTP e São Luiz Teatro Municipal /// Causas Comuns é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura / Direção Geral das Artes e é membro da Performart – Associação para as Artes Performativas em Portugal

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