Um flamenco no olimpo do jazz
Jorge Pardo recebeu, a 15 de Janeiro de 2013, no Théâtre du Châtelet de Paris, o prémio Melhor Músico Europeu de Jazz, entregue pela Academia Francesa de Jazz. No discurso de agradecimento definiu-se: “toda a minha vida vivi no fio da navalha, na controvérsia sobre ser ou não um músico de jazz. Muitos vêem em mim um atentado à pureza do género. Por isso me parece tão bonito estar aqui, em Paris, que é o segundo porto do Jazz no mundo, depois de Nova York. Se alguma coisa me animou a vir foi o atrevimento dos que decidiram premiar uma pessoa “impura” como eu.” O flamenco abriu-lhe as primeiras portas, depois de entrar no sexteto de Paco de Lucia, actuando com o maestro nos grandes teatros do mundo. As colaborações com vários artistas flamencos foram o princípio do que hoje significa o flamenco-jazz, para espanto de artistas como Chick Corea, que desde 2004 o convida para tocar. O seu estilo, com a flauta e o saxofone, é uma referência nos mundos do jazz e do flamenco. Para além de Chick Corea e de Paco de Lucia, tocou com Camarón de la Isla, Gil Goldstein, Pat Matheny, Wagner Tiso, Josemi Carmona, Joan Albert Amargós, Carles Benavent, entre outros grandes.