Um homem e uma mulher. Abateu-se uma tragédia nas suas vidas, mas, miraculosamente, eles sobreviveram. Na tentativa de perceber o que lhes aconteceu, descobrem uma nova maneira de existir em conjunto e de transcender aquilo que os poderia ter aniquilado. À sua volta gravitam fantasmas, desconhecidos, seres que aparecem e desaparecem, sem explicação, mas que são também pilares da arquitectura da nova vida que estão a construir. Como fazer a ponte entre ontem e amanhã?
Como substituir a ruínas do passado por novas estruturas que permitam que a vida prossiga sem negar a história? Os princípios de harmonia arquitectónica dos templos do mundo são transponíveis para as relações humanas? Em todo o mundo há arquitectos a pensar nos princípios essenciais à reconstrução de sítios devastados pela guerra. No entanto, para além da reconstrução de edifícios e de comunidades, é o princípio da reconstrução, ele mesmo, que é objecto de questão: como aprender com o passado, numa perspectiva de elevação das consciências?