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Mariana Pineda

sobre uma ideia de Garcia Lorca
Ballet Flamenco Sara Baras
© DR
Este evento já decorreu
Datas e Horários

dias 10, 11, 12 e 13 às 21h00
dia 13 às 15h30
dia 14 às 17h30

Local

Sala Principal

Descrição

Amor, liberdade e sonhos

“Mariana Pineda carregava nas suas mãos, não para vencer, mas sim para morrer na forca, duas armas: o amor e a liberdade – dois punhais que se cravavam constantemente no seu coração”. Garcia Lorca escreveu estas palavras poucas horas antes da estreia, em Buenos Aires, na Argentina, de Romance Popular em Três Estampas, em que o poeta de Granada revelava a lenda de quem havia sido uma das “grandes emoções” da sua infância.

Também Sara Baras leva nas suas mãos, para dançar, as armas do amor e da liberdade. A história de Sara Baras é também a história de um amor, o amor ao flamenco, o amor à dança; a partir desse amor, teceu, dia após dia, a bandeira do sua própria dança, cheia de presença, de sinceridade, nascida e criada com um indestrutível desejo de liberdade que a leva a ser considerada, hoje em dia, como uma das figuras femininas de proa, de forte personalidade, poder de atracção e de maior relevo, da dança espanhola da actualidade.

Não é difícil adivinhar que a carreira artística de Sara possui um antes e terá um depois de este «Mariana Pineda». Em torno da crisálida, que é esta mulher/personagem, reuniram-se, em conjunto com a própria Sara Baras, talentos como Manolo Sanlúcar, uma das vozes mais criativas e originais da arte do flamenco das últimas décadas, e Lluíz Pasqual, o encenador espanhol que melhor há sabido ler a obra de Garcia Lorca. Ambos garantiram a qualidade do trabalho e a seriedade da sua proposta.

A Mariana Pineda que hoje sobe ao palco é, por agora, o último sonho de Sara Baras, uma mulher que começa a dançar só com o seu olhar, pura aguarela capaz da maior ternura ou tempestade; uma mulher que seduz com o seu sorriso, que possui uns amplos braços alados e cativantes e uns pés irrefreáveis. Sara e Mariana possuem muito em comum. Amor e liberade correm pelas suas veias, partilhando um universo que não pode apreender-se. Sara Baras não interpreta Mariana Pineda, porque ela mesma é, e assim o sente quando dança, Mariana Pineda.

Sara Baras, Lluís Pasqual y Manolo Sanlúcar criaram uma Mariana Pineda cheia de sonho e imaginação. O texto de García Lorca serviu de pretexto e de tela para desejar em quatros pinceladas a paixão da heroína de Granada; os seus sonhos, os seus tormentos, a sua fascinação, o seu entusiasmo; e em definitivo, o seu amor e a sua liberdade, que hoje dança sobre os saltos de uma sedutora bailarina de Cádiz.

Julio Bravo

Ficha Técnica

Direcção Artística Sara Baras Orquestração e Direcção Musical Manolo Sanlúcar Direcção Luis Pasqual

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