Na visão de Patrick Süskind, o mundo todo é uma orquestra e todos nós, homens e mulheres, somos meros músicos (…) E é de paixão que fala esta peça: acima de tudo, a paixão pela música, que o personagem sente e compreende como poucos, embora jamais tenha con- seguido distinguir-se como intérprete. Passeia à vontade pela história da música, pelos segredos de alcova dos grandes compositores, faz-nos ouvir e perceber o íntimo de algumas grandes obras.
António Mercado, encenador
Esta comédia feita de som, de emoção e de fúria, numa interpretação de António Fonseca, dá-nos a conhecer um contrabaixista e as múltiplas paixões que o consomem, incluindo a complexa relação de amor e ódio que mantém com o seu instrumento de trabalho. Um monólogo que nos arrebata e que nos leva tanto ao riso e à ternura, quanto à beira do precipício.