Neste espectáculo a tragédia da morte de um filho põe em causa o relacionamento de um casal, abordando temas como a culpa, a responsabilidade humana e a possibilidade de redenção das personagens. Mediante a não realização individual, o casal deposita os seus sonhos e expectativas na vida do frágil filho. Com o terrível acidente, sofrem ambos, pai e mãe pela perda do filho e, a certa altura, resolvem retomar sua vida de forma inteiramente nova, juntos. Este O Pequeno Eyolf é um drama em três actos e pertence à última fase de Ibsen, considerada pelos críticos como simbolista e mais madura.
Entre o mundo de Ibsen e o nosso a música e o som dos homens tomaram lugar em todos os espaços, envolvendo-nos em todos os gestos. Como viver, amar ou fazer o luto rodeado por ininterruptos estímulos sonoros? Situações e palavras são permanentemente contaminadas por entidades sonoras, musicais, pulsantes, em constante realimentação: a música tornou-se o nosso cenário, não há apenas natureza, interior e exterior diluem-se, tudo é tocado por música e som, a morte de um filho, o desgaste do desejo, tudo.