Criei esta peça de forma a parecer uma memória de uma peça que, imaginando, tivesse visto há muito tempo. Transpus essa espécie de, memória enfraquecida, aos movimentos e sequências das cenas dos intérpretes. Acrescentei um fantasma, como se o fantasma do teatro, e que representa a memória coletiva dos espectadores.
As cenas aparecem e desaparecem como quando nos estamos a tentar lembrar de algo. O que fica, o que desaparece. Vinte sete ossos (número de ossos em cada mão e em cada pé) a memória da pianista – representada pelas mãos, a memória dos bailarinos – representados pelos pés.
Tânia Carvalho