A Missa de Requiem de João Domingos Bomtempo é um monumento da nossa História. Sóbria, solidamente estruturada, enquadra-se no movimento que há pouco mais de 200 anos defendia a reforma social do país. Adivinhava-se então a Revolução Liberal que derrubou o absolutismo monárquico e abriu portas ao regime constitucional. A dedicatória à memória de Luís Vaz de Camões traduz a pretensão de recuperar esse ideal de nação. Já em 1936, nas Litanias à Virgem Negra, também Francis Poulenc recorreu à música sacra para dar expressão a um enfrentamento político, mas em França, entre as tradições rurais conservadoras e as reformas estruturais da Frente Popular.
Programa
Francis Poulenc (1899-1963) – Litanias à Virgem Negra (1936; 1947), 10 min.
João Domingos Bomtempo (1775-1842) – Missa de Requiem, em Dó Menor, Op. 23 (1819)
𝖨. 𝖨𝗇𝗍𝗋𝗈𝗂𝗍𝗈: 𝖫𝖺𝗋𝗀𝗁𝖾𝗍𝗍𝗈
𝖨𝖨. 𝖪𝗒𝗋𝗂𝖾: 𝖫’𝗂𝗌𝗍𝖾𝗌𝗌𝗈 𝖳𝖾𝗆𝗉𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈
𝖨𝖨𝖨. 𝖣𝗂𝖾𝗌 𝖨𝗋𝖺𝖾: 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝖼𝗈𝗇 𝖿𝗎𝗈𝖼𝗈 – 𝖠𝗇𝖽𝖺𝗇𝗍𝖾 𝗌𝗈𝗌𝗍𝖾𝗇𝗎𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗆𝗈𝖽𝖾𝗋𝖺𝗍𝗈 – 𝖫𝖺𝗋𝗀𝗁𝖾𝗍𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 – 𝖠𝗇𝖽𝖺𝗇𝗍𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗆𝗈𝖽𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗌𝗉𝗂𝗋𝗂𝗍𝗈𝗌𝗈 – 𝖬𝗈𝖽𝖾𝗋𝖺𝗍𝗈 𝖾𝗌𝗉𝗋𝖾𝗌𝗌𝗂𝗏𝗈 𝖺𝗌𝗌𝖺𝗂 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗏𝗂𝗏𝖺𝖼𝖾
𝖨𝖵. 𝖮𝖿𝖿𝖾𝗋𝗍𝗈𝗋𝗂𝗎𝗆: 𝖫𝖺𝗋𝗀𝗁𝖾𝗍𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗆𝗈𝖽𝖾𝗋𝖺𝗍𝗈 – 𝖫𝖺𝗋𝗀𝗁𝖾𝗍𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗆𝗈𝖽𝖾𝗋𝖺𝗍𝗈
𝖵. 𝖲𝖺𝗇𝖼𝗍𝗎𝗌: 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗆𝖺𝖾𝗌𝗍𝗈𝗌𝗈 𝖺𝗌𝗌𝖺𝗂 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈
𝖵𝖨. 𝖡𝖾𝗇𝖾𝖽𝗂𝖼𝗍𝗎𝗌: 𝖫𝖺𝗋𝗀𝗁𝖾𝗍𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝖬𝗈𝖽𝖾𝗋𝖺𝗍𝗈
𝖵𝖨𝖨. 𝖠𝗀𝗇𝗎𝗌 𝖣𝖾𝗂: 𝖠𝗇𝖽𝖺𝗇𝗍𝖾 𝗌𝗈𝗌𝗍𝖾𝗇𝗎𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝗆𝗈𝖽𝖾𝗋𝖺𝗍𝗈 – 𝖠𝗅𝗅𝖾𝗀𝗋𝗈 𝖺𝗌𝗌𝖺𝗂 – 𝖫𝖺𝗋𝗀𝗁𝖾𝗍𝗍o
Solistas: Camila Mandillo (soprano), Carolina Figueiredo (mezzo-soprano), Marco Ferreira (tenor), Nuno Dias (baixo)
Maestrina do Coro Juvenil da Universidade de Lisboa: Erica Mandillo
Maestro do Coro de Câmara da Universidade de Lisboa: Luís Almeida
Maestro: Paul Daniel